Nos últimos dias, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou, por meio de seu presidente, Dr. José Hiran Gallo, a aprovação de uma resolução com novas regras e limites éticos da publicidade médica. O anúncio criou grandes expectativas não apenas entre os profissionais de saúde, mas também em todo o setor da saúde, que será diretamente afetado pelas mudanças.
Este foi um grande passo para a classe, uma vez que O mundo da medicina está em constante evolução, e a forma como os médicos se comunicam e se promovem não é exceção. O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu essa mudança dinâmica e, após um extenso processo de revisão, atualizou suas diretrizes sobre publicidade médica.
Antes de adentrar nas alterações específicas, é fundamental compreender o processo subjacente a essas mudanças. A decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) não foi tomada de maneira precipitada. Foi um processo que durou mais de três anos, incluindo consultas públicas, webinários e interações com sociedades médicas, com o intuito de assegurar que a nova resolução estivesse alinhada com as necessidades atuais da comunidade médica e dos pacientes.
Detalhes das Modificações na Resolução CFM nº 2336/2023:
Participação nas mídias sociais: a era digital trouxe consigo o surgimento das redes sociais. O CFM, por sua vez, reconheceu essa tendência e agora permite que médicos estabeleçam uma presença on-line, possibilitando a conexões autênticas com pacientes e colegas de profissão, o compartilhamento de informações verdadeiras e importantes e a promoção e divulgação de práticas saudáveis. O CFM esclarece que na Bio, nas redes sociais, é importante colocar em que Conselho o médico está registrado, o estado a que pertence, número do RQE etc.
Transparência no uso de equipamentos: a qualidade da medicina moderna está intrinsecamente ligada às tecnologias empregadas. Ao autorizar médicos a divulgar os equipamentos que utilizam, os pacientes têm a capacidade de fazer escolhas informadas sobre onde e com quem desejam buscar tratamento, além de entenderem sobre as novas técnicas e os novos procedimentos existentes no mercado.
Ética no uso de Imagens: a privacidade dos pacientes é de extrema importância. Apesar da nova resolução permitir o uso de imagens, são estabelecidas diretrizes claras para garantir a obtenção do consentimento e a manutenção da dignidade do paciente.
Depoimentos dos pacientes: os médicos podem usar testemunhos de pacientes em materiais de marketing médicos para demonstrar seu compromisso com o atendimento de qualidade. Há restrições para evitar exageros ou distorções na apresentação desses testemunhos.
Entre os critérios para isso estão:
– o material deve estar relacionado à especialidade registrada do médico;
– não pode acontecer nenhum tipo de manipulação na imagem;
– a foto também deve vir acompanhada de texto educativo. É preciso conter as indicações terapêuticas e fatores que possam influenciar negativamente o resultado.
Transparência nos custos: A nova resolução também autoriza a divulgação dos preços das consultas, a realização de campanhas promocionais, o uso das imagens dos pacientes, desde que não sejam identificados, investimentos em negócios não relacionados à área de prescrição do médico, além de outras permissões, como novas tecnologias, desde que sejam aprovadas pela ANVISA e a divulgação não tenha caráter sensacionalista.
Relacionamento com a imprensa: no tópico destinado a entrevistas para a imprensa, o texto afirma que a titulação correta é fundamental e profissionais que fizeram pós-graduação não podem se autointitular como especialista. “É possível colocar que fez pós-graduação em endocrinologia seguido de NÃO ESPECIALISTA, em caixa alta.
Fica mantida a orientação sobre não fornecer o endereço nem telefone de contato do médico durante a entrevista, nem o contato virtual. “Por exemplo, se vocês tiverem alguma dúvida só entrar no @ e falar diretamente comigo” – isso está proibido.
Essas mudanças refletem uma tendência mais ampla na medicina contemporânea. À medida que a tecnologia continua a influenciar a prática médica, é imperativo que as diretrizes e regulamentações evoluam paralelamente. A nova resolução do CFM representa um passo na direção correta, equilibrando a necessidade de médicos promoverem a si mesmos com a importância da ética e da transparência.
A atualização das orientações também ressalta a importância da adaptação. Em um mundo em constante transformação, médicos e instituições médicas devem estar prontos para evoluir, aprender e crescer. E com o apoio de organizações como o CFM, eles podem fazer isso de maneira ética e responsável.
Quer entrar no universo de marketing médico?
Vale a pena você conhecer um pouco mais sobre como funciona as interfaces do marketing. Ele pode te ajudar a potencializar a carreira médica. Afinal, é preciso ficar por dentro do que de fato faz o conteúdo bombar nas redes.
Não sabe por onde começar? A Scopo pode te ajudar. Enquanto você cuida dos seus pacientes, nós fortalecemos a sua imagem e a sua marca, seja de maneira on-line ou offline. Entre em contato conosco!